Em cada gesto perdido
tu és igual a mim
 
em cada ferida que sara
 
escondida do mundo
 
eu sou igual a ti 
fazes pinturas de guerra
 
que eu não sei apagar
 
pintas o sol da cor da terra
 
e a lua da cor do mar 
em cada grito de alma
 
eu sou igual a ti
 
de cada vez que um olhar
te alucina e te prende
 
tu és igual a mim 
fazes pinturas de sonhos
 
pintas o sol na minha mão
 
e és mistura de vento e lama
 
entre os luares perdidos no chão 
em cada noite sem rumo
 
tu és igual a mim
 
de cada vez que procuro
 
preciso um abrigo
 
eu sou igual a ti 
faço pinturas de guerra
 
que eu não sei apagar
 
e pinto a lua da cor da terra
 
e o sol da cor do mar 
em cada grito afundado
 
eu sou igual a ti
 
de cada vez que a tremura
 
desata o desejo
 
tu és igual a mim 
faço pinturas de sonhos
 
e pinto a lua na tua mão
 
misturo o vento e a lama
 
piso os luares perdidos no chão
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