Anaquim

Concerto de apresentação do álbum Um dia destes, dos Anaquim (não confundir com Um destes dias, do Trovante), na FNAC de Santa Catarina, no Porto.
Nos tempos que correm, tudo tem hora marcada:
  • Os anúncios do Governo às 20h, em directo no telejornal
  • As reacções da oposição, às 20h15
  • E a manifestação, às 20h30

Entretanto a Revolução, os afectos, os amores e as paixões, vão ficando para um dia destes....
Os Anaquim são uma banda de Coimbra, e este álbum é altamente recomendado. Conta com a participação de Jorge Palma (Apontar é feio, desapontar-te é pior) e Luísa Sobral.
Há horas marcadas para novos encontros com estes meninos:
  • Sábado, 19 de Março, nas FNAC's do NorteShopping e do GaiaShopping
  • 8 de Abril, Passos Manuel, Porto

 

Sou imune ao teu charme
Excepto quando te ris
Excepto quando me olhas
E engelhas o nariz
Sou imune ao teu charme
Excepto quando te vejo
Mas se tu estiveres quieta
Lá bem longe, não me afecta
Eu controlo o meu desejo
Já longe vão os dias
Em que as tuas manias
Me tiravam do sério
Porque hoje eu
Sou imune ao teu charme
Já deu bem p'ra perceber
Desde que não apareças
Nem respires ou te mexas
Eu consigo te esquecer
Desde que não apareças
Nem respires ou te mexas
Eu consigo te esquecer
Sou imune ao teu charme
Excepto quando te ris
Excepto quando me olhas
E engelhas o nariz
Sou imune ao teu charme
Excepto quando te vejo
Mas se tu estiveres quieta
Lá bem longe, não me afecta
Eu controlo o meu desejo
Já longe vão os dias
Em que as tuas manias
Me tiravam do sério
Porque hoje eu
Sou imune ao teu charme
Já deu bem p'ra perceber
Desde que não apareças
Nem respires ou te mexas
Eu consigo te esquecer
Desde que não apareças
Nem respires ou te mexas
Eu consigo te esquecer
Desde que não apareças
Nem respires ou te mexas
Eu consigo te esquecer

 


Há sempre qualquer coisa (no álbum, com Luísa Sobral)

 

Sempre uma questão,
Eu sei que é sempre uma questão
De qualquer coisa,
De tempo, de cansaço ou embaraço,
Ou outro peso qualquer.
E de temer a dor que nele existe,
Cantamos o amor num canto triste
Que embala o coração num jeito de
Não querer bater.

 

Sempre uma questão,
Eu sei que é sempre uma questão
De qualquer coisa,
De anseios, incertezas ou receios
Que nos fazem desistir.
E de fugir à dor que tanto arrasta,
Fazemos do amor canção madrasta,
Prelúdio de um sono sem sonhos
Fácil de dormir

 

Se eu acordar já,
Sem chorar,
Sem temer,
Talvez possa esquecer,
Talvez saiba sorrir.
Se eu acordar já,
Sem este ar
Derrotado,
Talvez vença a teu lado
O temor de existir.

 

Sempre uma questão,
Eu sei que é sempre uma questão
De anseios, incertezas ou receios.
E de fugir à dor que tanto arrasta.
Prelúdio de um sono sem sonhos
Fácil de dormir.

 

Se eu acordar já,
Sem chorar,
Sem temer,
Talvez possa esquecer,
Talvez saiba sorrir.
Se eu acordar já,
Sem este ar
Derrotado,
Talvez vença a teu lado
O temor de existir.

 

Mas se eu acordar já,
Sem chorar,
Sem temer,
Talvez possa esquecer,
Talvez tenha outro olhar.
Mas se eu acordar já,
Sem este ar
Derrotado,
Talvez vença a teu lado
O meu medo de amar.

 


Rádio na varanda

 


Caros amigos (sobre os que permanecem em Portugal)

 

Caros amigos, com tristeza me despeço
Não julguei tão perto a hora do caminho bifurcar
Bem vos entendo
Mas é estranha a sensação
Em que a solidão é para quem ficar
Quero-vos bem
Sei ao que vão
Ia também
Se não fosse esta obrigação
De alimentar
A crença vã
De que o futuro ainda é amanhã
A minha casa acaba em Espanha
P'ra já ninguém me apanha
Fora dos terrenos onde trago o coração
Não passo de Vilar Formoso
Talvez por ser teimoso
Talvez por ter medo
Ou justamente porque não
À conta de negócios menos claros
Estão a vender o sítio onde vivi
Por escolha de alguns amigos caros
Adeus, caros amigos
Mas eu fico que ainda sou preciso aqui
Caros amigos
Eu cuido do nosso canto
Não deixo estragá-lo tanto
Que não queiram cá voltar
Eu rego a esperança
Levo a ambição à rua
Estendo o défice lá fora p'ra secar
Quero-vos bem
Sei ao que vão
Ia também
Se não fosse esta obrigação
De alimentar
A crença vã
De que o futuro ainda é amanhã
Mas se algum dia eu tiver de ir
Tranco a porta
E apago a luz quando sair
Fica a nação
Para alugar
Mas até lá vão ter que me aturar
A minha casa acaba em Espanha
P'ra já ninguém me apanha
Fora dos terrenos onde trago o coração
Não passo de Vilar Formoso
Talvez por ser teimoso
Talvez por ter medo
Ou justamente porque não
A minha casa ainda é esta
Ou o que dela resta
Podem levar tudo que não levam a raiz
E mesmo que esta casa caia
E tudo dela saia
Sei que do orgulho deste chão
Volta a nascer o meu país

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