A chuva molha a minha roupa
Os carros não param de gritar
Convidando-me para morrer
Eu procuro não olhar
Desse eu brilho à minha estrela
Não teria de me esconder
Mas a chuva nas minhas mãos lembra-me que vou morrer
Meu amor está perto
Vejo-o correndo para mim
Só que eu não sou certo
Vejo-me correndo para o fim
Vem morar na tua casa
A pobre nunca te viu ficar
Chegas sempre com um dos pés pronto para não entrar
Quem sabe eu nem vos quero bem
Quem sabe eu não sou ninguém
Quem sabe eu não sei quem
Quem sabe eu não sou quem queria ser
Quem sabe eu nunca o vou saber
Quem sabe eu sou bem melhor
Quem sabe o medo é minha cruz
Quem sabe o medo é meu motor
Quem sabe o medo é luz
Quem sabe eu não estou só a tentar
Desesperadamente uma razão
Para seguir ou para não parar
Pois tudo se passa sem eu ver
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