Sétima Legião na Agrival

D'outra vez, noutro lugar
Ninguém espera junto ao cais
Sem razão, barcos que não voltam mais
Os dias vão sem te levar...
E tenho tanto a contar
Hey, tens tanto para ver
Tens ainda de aprender
Os nomes que te vou dar
Oh noutro lugar
Para todo o sempre
Oh há uma canção
Que faz partir
Oh noutro lugar
Para sempre, sempre
Oh, há uma canção
Que está por descobrir
Vem...
D'outra vez noutro lugar
Os anos passam sem pesar
Sem razão, vão em busca da canção
Que ficámos de cantar...
E tenho tanto por contar
Hey, tens tanto para ver
Tens ainda de aprender
Os nomes que dei ao mar
Oh noutro lugar
Para todo o sempre
Oh, há uma canção
Que faz partir
Oh noutro lugar
Para sempre, sempre
Oh, há uma canção
Que está por descobrir
Oh noutro lugar
Para todo o sempre
Oh, há uma canção
Que faz partir
Ohhhh, há uma canção
Que está por descobrir

Há mundos antigos
Que ele percorreu
Sem ter um abrigo
Outras terras separado

Cercado de imagens
De quem já perdeu
Olhando as margens
Para sempre naufragado

Regressa
Onde vais
Sem ter quem amar

Quem te há-de esperar
Quem te há-de contar
Quem te há-de lembrar
Onde vais

Estranha demanda
Não há outra igual
Quando um homem anda
De levante a poente

E acende fogueiras
Para fazer sinal
São noites inteiras
Tão distante, tão ausente

Regressa
Onde vais
Sem ter quem amar

Quem te há-de esperar
Quem te há-de contar
Quem te há-de lembrar

Regressa
Onde vais
Sem ter quem amar

Quem te há-de esperar
Quem te há-de contar
Quem te há-de lembrar

Tem nos olhos o sorriso
Que eu te dei
Tem as cores de um Dezembro
Que eu vi

Nas palavras um aviso
Que eu não esqueci
Quem será que hoje alembro
Já não sei, já não sei

Tem as notas de um piano
Que eu toquei
Tem as sombras e os dias
Que eu vi

Com os meses de um ano
Que eu não esqueci
E a voz com que mentias
Já não sei, já não sei

Tem nos olhos o sorriso
Que eu te dei
Tem as cores de um Dezembro
Que eu vi

Nas palavras um aviso
Que eu não esqueci
Quem será que hoje alembro
Já não sei, já não sei

Nas terras do Além-Tejo
Ao fim dos vales, um monte
Quatro noites para um rio
Encontrei-te junto á ponte...
Do passado de um rio
Ficou por contar a primeira vez
O passado de um rio
Ficou de voltar outra vez
Passaste como um rio
Que eu cantei e me deixou aqui
Passaste como um rio
E eu não sei passar sem ti...
Soube o teu nome além Tejo
Talvez fosses quem perdi
Passaste como um rio
E hoje não passo sem ti

No seu olhar
Um rosto a arder
No seu olhar
Que eu não sei ver
Tão cedo é tarde
O canto e o gelo
Tão cedo parte
Vem o degelo
E quando o frio passou
Só me ficou o canto do meu medo
E quando o frio passou
Só me ficou o encanto de um segredo
Tão cedo é tarde
No seu olhar
Tão cedo parte
Fica o cantar
Levou assim
O canto e o gelo
Deixou em mim
A noite e o medo.

Tem mil anos uma história
De viver a navegar
Há mil anos de memórias a contar
Ai, cidade à beira-mar
Azul
Se os mares são só sete
Há mais terra do que mar...
Voltarei amor com a força da maré
Ai, cidade à beira-mar
Ao sul
Hoje
Num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul
Sete mares
Hoje
Num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul
Sete mares
Foram tantas as tormentas
Que tivemos de enfrentar...
Chegarei amor na volta da maré
Ai, troquei-te por um mar
Ao sul
Hoje
Num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul
Sete mares
Hoje
Num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul
Sete mares
Hoje
Num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul
Sete mares

Tentações
passam por mim
Trazem os tempos que hão-de vir
sem me tocar

Tradições
falam por mim
Dez mandamentos por cumprir
nunca mudar

Em segredo,
aprendo a inventar
mil maneiras p'ra eu te amar
desvendar
o segredo
de saber inventar
mil maneiras p'ra eu te amar
p'ra te amar

Perdições
por confessar
Quantos pedcados cometi
sem te tocar

Devoções
por contemplar
Há longos anos decidi
nunca mudar

Em segredo, ...

Sempre foi meu defeito, não saber reconhecer
Que o que foi feito está feito, e não volta acontecer
As causas que eu levo a peito, hão-de acabar por se perder
E não recordo um feito, que os meus olhos possam ver

E eu só
Queria saber
Fechar
Os olhos p'ra não ver
Tão só
Queria poder
Fechar
Os olhos p'ra não ver
Mas o meu maior defeito, foi não te reconhecer
E o que foi feito está feito, e não volta acontecer
E ainda trago no peito, a vontade de saber
Mas o passado está feito, e não volta acontecer

Eu só
Queria saber
Fechar
Os olhos p'ra não ver
Tão só
Queria poder
Fechar
Os olhos p'ra não ver
Tão só
Tão só
Tão só

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