Orquestra de Jazz de Matosinhos & Rui Reininho na Casa da Música

 



 

Vejo um rio
Vejo destroços de metal a flutuar
Vejo um rio provavelmente o Tejo
Desejo de me afundar
O Sado a sede sinos sinetas ao acordar
Vejo um istmo isco com ritmo
Paro de martelar
Vejo os meus dedos metálicos frios
Vontade de enferrujar
Vejo limalhas de ferro macio
Volumes por carregar
Vejo estas veias estalando artérias por soldar
Vejo nuvens ricas de carbono diáfanas
D'envenenar
As naves que eu construo
Não são feitas p'ra navegar
Aguentam a violência d'um beijo
Mas nunca a do mar
As vagas onde elas vogam
Fundem-se com o ar
Vão e vêm
Se se voltam devagar
As naves que eu construo
Não são feitas p'ra navegar
Aguentam a violência d'um beijo
Mas nunca a do mar
As vagas onde elas vogam
Fundem-se com o ar
Vão e
Voltam-se devagar
As naves que eu construo
Não são feitas p'ra navegar
Aguentam a violência d'um beijo
Mas nunca a do mar
As vagas onde elas vogam
Fundem-se com o ar
Vão e vêm se
Voltam-se devagar


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