GNR no São João de 2017

Já morri a morte certa
Já senti a fome, aperta a dor
Já bati à porta incerta
Viajei de caixa aberta, a dor

Pecado, fundido, queimado

Já desci lá em baixo ao fundo
Já falei com outro mundo e então
Já passei o limbo limpo
Já subi ao purgatório e vou

Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, arrependido, queimado

Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, fundido e queimado
Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, arrependido, queimado

Há luz na artéria principal,
Ardem as chamas de dois sóis
Há luta na arena artificial
Corre o sangue mato-me primeiro e a ti depois

Al huir de una investida
Es como saltar una hoguera
La barrera de fuego una frontera

Ao fugir da própria vida
Sem correr e sem saltar
Oculto o sangue que tenho para dar

Flores como la sangre
Correran entre mis venas
Ardem como el deseo
Tu prison y mis cadenas

Ao fugir da própria vida
Sem correr e sem saltar
Oculto o sangue que tenho para dar

Al huir de una investida
Es como saltar una hoguera
La barrera de fuego una frontera

Ao fugir de uma investida
Como saltar a fogueira
A barragem de fogo, uma fronteira

Al dejar la propria vida
Sin volver la pista atras
Guardaré la sangre que tengo para dar

Al huir de una investida
Es como saltar una hoguera
La barrera de fuego una frontera

Ao fugir da própria vida
Sem correr e sem saltar
Oculto o sangue que tenho para dar

Ao fugir de uma investida
Es como saltar una hoguera
Uma barragem de fogo, uma fronteira

Al dejar la propria vida
Sin volver la pista atras
Oculto o sangue que tenho para dar

Sabes quem eu sou?
cá em casa é tudo feito à mão...
... e apanhado fresco com um arpão...
confundido sempre com o meu irmão,
esse grandalhão
que lhe sirva
de lição!

Há um prenúncio de morte
Lá do fundo donde eu venho
Os antigos chamam-lhe reilho
Novos ricos são má sorte

É a pronúncia do Norte
Os tontos chamam-lhe torpe

Hemisfério fraco outro forte
Meio-dia não sejas triste
A bússola não sei se existe
E o plano talvez aborte

Nem guerra, bairro ou corte
É a pronúncia do Norte
É um prenúncio de morte
Corre o rio para o mar

Não tenho barqueiro
Nem hei-de remar
Procuro caminhos
Novos para andar

Colheste os ramos
Onde pousavam
Da geada, ás pérolas
As fontes secaram

Corre o rio para o mar
E há um prenúncio de morte

E as teias que vidram
Nas janelas
Esperam um barco
Parecido com elas

Não tenho barqueiro
Nem hei-de remar
Procuro caminhos
Novos para andar

É a pronúncia do Norte
Corre o rio para o mar

Vivo numa ilha sem sabor tropical
a fauna é variada demografia acidental
não é de origem elevada díficil de recensear
é mais que uma ilha é quase continental
não está cercada por água mas não faz mal
quem a rodeia por vezes é a força policial

Baby Doc ou Papa Doc nunca vi
nem qualquer ditador da America Central
cá não há candidato á autarquia local
só orgulho analfabeto mas com cultura geral
é tudo a mesma fruta a mesma caldeirada
é uma gente educada é a anarquia total
vivo numa ilha sem sabor tropical
não é de origem vulcânica
mas tem lama no Natal
não há saneamento básico
é o Bairro Oriental

Felizmente que a noite sai
Ainda bem que há névoa por aí
Estou contente se a luz se esvai
E uma sombra invade este lugar

Se um amanhã perdido for
metamorfose de horror

As trévas não vão demorar estou contente se a luz se esvai
Se o céu se fecha sobre nós desprende-se uma rouca voz

Se o amanhã perdido for
overdose de pavor

Directa sim eu declaro morte ao sol
Directa não e a quem o apoiar
Directa sim eu declaro morte ao sol
aí vem a luz !!!

Se o céu não fecha já sobre nós
Revela-se esta imagem atroz

Directa sim eu declaro morte ao sol
Directa não e a quem o apoiar
Directa sim eu declaro morte ao sol
Directa não e a quem o apoiar

Dunas, são como divãs,
Biombos indiscretos de alcatrão sujo
Rasgados por cactos e hortelãs,
Deitados nas Dunas, alheios a tudo,
Olhos penetrantes,
Pensamentos lavados.

Bebemos dos lábios, refrescos gelados (refrão)
Selamos segredos,
Saltamos rochedos,
Em câmara lenta como na TV,
Palavras a mais na idade dos "PORQUÊ"

Dunas, como que são divãs
Quem nos visse deitados de cabelos molhados bastante enrolados
Sacos camas salgados,
Nas Dunas, roendo maçãs
A ver garrafas de óleo boiando vazias nas ondas da manhã

Bebemos dos lábios, refrescos gelados,
nas dunas!
Em câmara lenta como na TV,
Nas dunas..
Nas dunas..
Nas dunas..
Refrescos gelados...
Como na Tv.
Nas dunas...

A sua
Violeta violenta
Quando o perigo aumenta

Se a voz não cala
Máquina que...
Rasga a garganta
Sai o insulto imaginário
Aponta a língua
Lança o beijo incendiário
A nua
Traiçoeira impura
Quando fica dura
Se o medo estala
Máquina que...
Quando o telephone pecca
Máquina que fala
Quando o telephone pecca
Máquina...
Rasga a garganta
Sai o insulto incendiário
Aponta a língua
Lança o beijo imaginário
A tua
Palavra maldita
Medo voz aflita
Máquina que fala
Se a voz não...
Quando o telephone pecca
Máquina que fala
Quando o telephone pecca
Máquina que fala

E quem causa inveja!
E fuma escondida da mãe?
Vida tão chata

Onda tão curta
Moda tão fora, sai!!!
Que o raio a parta
E salta puxa pula ai até ao sol

Mas aos 16 tem-se o desgosto de vestir como os DJ's
E com 16 já falta pouco para sentir os 96

À volta do quarto
Nuvem de cabelo em pé
Pintura de guerra
Multiplica por quatro
Beija o teu retracto em pó
E um rádio berra:
"Estou farto e farto & farto e farto de estar só!?!?"

Mas aos 16 só duma vez tem-se o desgosto de vestir como os DJ's
E com 16 nunca se teve tempo de ler "O Senhor dos Anéis"
Só de uma vez tem-se o desgosto de vestir como os DJ's
E aos 16 de esperar alguém gritar "Sweet Little SIxteen"

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