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Estação de São Bento, 4 de Junho de 2016


Ensaio

A tarde cai numa rua discreta
Foi-se o constante acontecer
E qualquer coisa assim meio secreta
Soltou um instante de entristecer

Há pouco para dizer, se calhar mesmo nada
Às vezes é bem melhor calar
As folhas param onde o vento as pousar
E nem sequer se lembram de não se lembrar

Eu sei que a lua me há-de adormecer
E sempre que amanhã vier eu vou sorrir

O sol desceu numa luz tão quieta
Um livro aberto por descobrir
A noite vem com saber de profeta
Um tempo incerto que há por abrir

Há tanto para sentir, se calhar tudo ou nada
Às vezes é bem melhor esperar
As folhas voltam se tiverem de voltar
Se houver um dia em que se lembrem de lembrar

Eu sei que a lua me há-de adormecer
E sempre que amanhã vier eu vou sorrir

Letra: Sebastião Antunes
Música: Carlos Moisés

Que foi que aconteceu
Quem foi que se enganou
O que alguém prometeu
É mesmo para rir

Alguém escondeu segredos
Que eu precisei saber
Mas já perdi os medos
Tanto pra dizer

Rir
Com isto só me posso rir

Alguém trocou o plano
Alguém viu e calou
Houve aqui um engano
E ninguém me avisou

Quem foi que deu as cartas
Sem ninguém as pedir
Jogou mentiras fartas
Para depois fugir

Rir
Com isto só me posso rir

Letra: Sebastião Antunes
Música: Carlos Moisés

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