Virgem Suta

Ela sonhava com um herói
Ele playboy
Tinha alta pinta de jingão
Ela queria ser feliz
Ele um petiz
Queria apenas diversão
Ela sonhava com o amor
Ele estupor
Achava isso uma aflição
Mas algo havia entre os dois
Havia pois
E era para lá do bom
E o final foi bestial
Tudo ligou
O Dom Juan lá com o charme
Romeu virou
E o final foi bestial
Tudo ligou
O Dom Juan lá com o charme
Romeu virou
Ela adorava o céu azul
Ele ser cool
E lançar charme para o ar
Ela era tão bom coração
Ele um pimpão
Para com outras se embeiçar
O que pra ela era bem bom
Pra ele não
Tanto mais tinha em que pensar
Mas algo havia entre os dois
Havia pois
E era coisa pra durar
E o final foi bestial
Tudo ligou
O Dom Juan lá com o charme
Romeu virou
E o final foi bestial
Tudo ligou
O Dom Juan lá com o charme
Romeu virou
O tempo venceu o herói
Tudo lhe dói
E mesmo assim bem ela o quer
Agora é ele que lhe diz
Sou tão feliz
Por ter-te aqui supermulher
Ela sorri por tê-lo ali
Cutchi, cutchi
Tão manso, agora mimo quer
E nem aquele olhar mongol
De quem vê mal
Esconde o brilho a irromper
E o final foi bestial
Tudo ligou
O Dom Juan lá com o charme
Romeu virou

Regra geral
Isto é baril
A vidinha vai rolando
Chega a lembrar o Brasil
Há músicol
Há tremoço e futebol
Há sardinha a assar na brasa
E tanta brasa ali ao sol
Regra geral
Tá-se tão bem
No país da bela mini e do pastel de Belém
Há imperial
Há tremoço caracol
Não fosse o ventinho às vezes
Era a terra ideal
Sou de um país bestial
Onde reina a mãe de Deus
E em milagres não vai mal
Sou de um povão que samba no inverno
Tem pinta de moderno
E acredita no Pai Natal
Regra geral
Isto é tão bom
Com jeitinho a vida avança
Nem que seja a empurrão
Alto astral
Há croquete no areal??? champanhe em taça
E o sol irá sem fio dental
Regra Geral
Tá-se tão bem
Mesmo que comece torto
Endireita mais além
É Portugal
E o sucesso é trivial
Chega longe quem tem boca
E quem tem olho é maioral
Sou de um país bestial
Onde reina a mãe de Deus
E em milagres não vai mal
Sou de um povão que samba no inverno
Tem pinta de moderno
E acredita no Pai Natal
Sou de um povão que samba no inverno
Tem pinta de moderno
E acredita no Pai Natal

Mudam-se os tempos
Mas o disco toca o mesmo
Não há maneira nem vontade de mudar
Não é defeito estar sempre menos mal
Vira feitio riqueza nacional

Os pobrezinhos são bem bruto energia
Coitadinhos melhor que leite do dia
Alimentado sopa gode quando calha
Lá fazem vida que Deus lhes valha

Contra a pobreza exporto a minha tristeza
Contra a miséria ja nem faço cara séria
Se estou com fome canto o fado p'ra esquecer

Contra a pobreza exporto a minha tristeza
Contra a miséria já nem faço cara séria
Se estou com fome canto o fado p'ra esquecer

Estar feliz é pior que avareza
Um ultrage face a esta depressão
Temos mágoas, paranoias, paraquedas
Mas não há bóias para a nossa salvação
Agora basta fim a ladainha
Tudo a postos todos prontos pra a aventura
Um pé na sorte e pontapé neste mal-estar
Vamos mandar o desconsolo pelo ar

Contra a pobreza exporto a minha tristeza
Contra a miséria já nem faço cara séria
Se estou com fome canto o fado p'ra esquecer

Contra a pobreza exporto a minha tristeza
Contra a miséria já nem faço cara séria
Se estou com fome canto o fado p'ra esquecer

Vendi tristeza, não chega para comer
(Contra a pobreza exporto a minha tristeza)

Vendi tristeza, não chega para comer
(Contra a miséria já nem faço cara séria)

Vendi tristeza, não chega para comer
(Se estou com fome canto o fado para esquecer)

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