Quinta do Bill


Porto, 24 de Abril de 2016

Vão chegando os dias
de nos pormos a andar
rumo às utopias
onde quisermos chegar

tomam os passos
caminhos diversos
nem sempre benditos,
nem sempre perversos

escolho ao acaso
o caminho a seguir,
não corro por nada
não sou de fugir

e o tempo
que inventa
e desfaz
promessas, enredos,
rituais,
oculta,
o sentido dos sinais.

voam aves no ar
do amanhecer,
é a hora de tudo
acontecer,
cantam-se as melodias
de viajar
nas veredas da vida
por desbravar.

Guardei as quatro Luas
Com elas fiz caminhos de voltar
Guiado por lembranças a queimar

Caminhos mal cruzados
Trilhados pela vontade de chegar
A noite sabe que te hei-de encontrar

Sopram ventos de bonança
E brilha a Lua Nova que eu invento p´ra te dar
Só brilha a Lua Nova que eu invento p´ra te dar

Prendi as tempestades
Cortei o nevoeiro p´ra te ver
Plantei a cor do Sol p´ra te aquecer

Gritei às divindades
Que trago a vida toda a renascer
E a sede de ternuras por beber
Faço a festa do regresso
E brilha a Lua Nova que inventei p´ra te oferecer
Só brilha a Lua nova que inventei p´ra te oferecer

Arde a Saudade...
Arde a Saudade...


Rir, para não chorar. Música nova.

Que tentação por-me ao
Caminho
Logo pela manhã
De que me serve, toda esta
Pressa
Se ela vai longe
Minha alma é a tulipa da aurora
Oh dama de escuro
Não vos tarda a demora.

Senhora Maria do Olival
Fui chama do pecado sensual
Desculpai-me a maçada, eu sei
Mas não fiz por mal.

Sinto em mim, todo este vazio
Par onde vou eu?
Por este mar de ilusões
Que me traz a paz
Ai, que vida esta, quando a lua
É cheia
Minha boa amiga
Que eu vou cantando.

Senhora Maria do Olival
Fui chama do pecado sensual
Desculpai-me a maçada, eu sei
Mas não fiz por mal.

Tu a única das amantes
Arrepias-te à chegada
Da escolha que trocas-te na procura
De alguém que não sabes ser

Tens um mundo a teus pés/ À espera que o empurres
Uma vida à frente/ Que só tu podes viver (Bis)

Vejo-te ir pelas ruas
Contar o tempo que passou
Ver nascer o novo dia e sentir
O medo de ele nunca chegar

Que te faz correr tão rápido/ Que te faz viver assim
Não tenhas pressa/ De encontrar a rota certa
Do destino que te espera/ Lá ao longe

Nada em terra e céu, nos pode ensinar
o que vai na alma, de alguém que recusa
deitar sobre o chão.
Eu não.

Oh, se te amo
se não tenho
oh, a vergonha
de o dizer.

E nunca esse acaso ou lei, eu entendi
o homem que em vão se agita
tão perto do mundo, tão longe de Deus.
Eu não.

Oh, se te amo
se não tenho
oh, a vergonha
de o escrever.

Só por um momento, na curva da estrada
falas-me de ti, do rumo que tarda
é hora de escolher, e p’ra ti é tudo ou nada

És filha do mundo, com vontade de mudar
......rompes o silêncio, à prova de bala
dás-me a tua voz, que nunca se cala
já não te queixas de mim,
mas nada nasce no fim

Onde está a revolução, eu já não te posso valer
descontas no tempo, um estado de graça
beco com saída, fogo que não passa
amanhã longe daqui,
serei eu que te perdi
Mas tu

Vai e sê feliz
não olhes para trás (deixa lá)
vai e sê feliz

E só + 1 vez, só de 1 vez
vai e sê feliz por mim, sê feliz por ti

Vai e sê feliz
Vai e sê feliz

Aprende a nadar, companheiro
aprende a nadar, companheiro
Que a maré se vai levantar
que a maré se vai levantar
Que a liberdade está a passar por aqui
que a liberdade está a passar por aqui
que a liberdade está a passar por aqui
Maré alta
Maré alta
Maré alta

Quando eu era pequenino
Acabado de nascer
Ainda mal abria os olhos
Já eram para te ver.

Quando eu já for velhinho
Acabado de morrer
Olha bem para os meus olhos
Sem vida aonde te ver.

Do tempo novo espero
o sinal dos incorruptos
E é tão pura a ideia
Que não me atrevo a guardá-lá

Não, não consigo parar o tempo
por mais que tente.
E tanto que preciso
que ele espere por mim.

Não, não consigo parar o tempo
por mais que tente.
E tanto que preciso
que ele espere por mim.

Agora é a minha vida
que assombrada se fecha
lutarei de uma só vez
até gastar a eternidade.

Não, não consigo parar o tempo
por mais que tente.
E tanto que preciso
que ele espere por mim.

é, é….

Não, não consigo parar o tempo
por mais que tente.
E tanto que preciso
que ele espere por mim.

Mais de 100 anos passaram
eu ainda recordo
os tambores que ao longe
um dia me chamaram.
Trouxe a águia a mensagem
que o corvo leu
liberada pelo vento
aos filhos do sol.

Vós podeis matar-me o corpo
e condenar-me a alma.
Devo eu pintar a face
ou fumar a paz.
Eu já dei a minha pena
à semente da terra
que os teus hão-de chorar
no ciclo da vida.


Faz bem falar de amor

Letra: Sebastião Antunes
Música: C. Moisés

Fala-me dos dias
Em que a vida passa
E tu nem sequer a vês passar
Fala-me do medo
Medo que te amassa
E que faz questão de te amarrar

Fala-me da noite
Em que acreditaste
Mas acabou tudo ao acordar
Falo-te eu agora
De um dia sem mágoa
Em que nós podemos navegar sem leme

Faz bem falar de amor
Falarmos de ti e de mim
Deixar fugir a dor
É que faz bem falar de amor

Mostra-me um sorriso
Prende o desalinho
Deixa-me ensinar-te a acreditar
Eu sei de uma barca
Que inventa o caminho
E que nós podemos navegar sem leme
Sem correntes pra qualquer lugar
Falar de amor
Se for, não tenhas medo

Faz bem falar de amor
Falarmos de ti e de mim
Deixar fugir a dor
É que faz bem falar de amor

Falar de amor
Se for, não tenhas medo

Faz bem falar de amor
Falarmos de ti e de mim
Deixar fugir a dor
É que faz bem falar de amor

É bom partir é bom chegar
O vento vem o vento vai

Aqui estás tu, jovem atento
acordado neste fim de século
à espera de um lugar
difícil de encontrar
no canudo vive a esperança.

Atrás das luzes em vertigem
ao medo da noite recente
que tens que conquistar
que tens de conquistar

Ai estes são os filhos da nação
adultos para sempre
ansiosos por saber
se a cruz é salvação

Depois acenas, sem nada p'ra temer
velho cúmplice da decisão
preso a uma ordem
que não podes quebrar
ouves fascinado, o ofício da vitória

A fobia de um monólogo
que insistes em partilhar
mas não entendes porquê
mas não entendes porquê

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